segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Marina (Carlo Ruiz Záfon)

Marina Carlos R. Zafon Sabe aquela expressão “caiu do céu”? Pois é, foi assim que aconteceu comigo e Marina (189 Pág. – Suma), não de forma literal é lógico, por que do céu mesmo só vejo cair chuva e aviões da FAB, nos últimos dias nem chuva! Mas foi assim de forma casual, passando pela livraria por acaso entrei, por acaso lá estava Marina sorrindo para mim, eu que já não lia há tanto tempo, não pensei em sair dali com aquela obra, ledo engano ao correr os olhos vi o nome do autor e ao primeiro instante nem consegui ligar Zafon a Sombra do Vento e ao Jogo do Anjo, livros dos quais tanto elogiei aqui mesmo nesse blog; então por acaso comprei. Depois de folhear, cheirar e se amarrar ao livro, comecei a minha agradabilíssima leitura, que se demorou por sete dias como de costume, até mesmo porque Marina é um destes livros curtos de poucas páginas e vasto conteúdo que tem como tema o amor e o suspense como plano de fundo. A historia é escrita por Marina, mas narrada por Oscar, este que por vezes até se passa por protagonista, mas é por Marina que de cara o leitor se encanta diante sua sublime beleza, sua altivez, leveza e iniciativa. A história se passa em Barcelona, cenário já conhecido pelos leitores de Zafon, onde Oscar estuda num colégio interno (eu ainda tenho a impressão de ter lido orfanato) e passa seus dias a revelia de padres, tendo apenas um colega, começa a sair do internato (ou orfanato) e a vagar nas ruas e vielas da belíssima cidade catalã, quando em certo dia entra sorrateiramente na casa de German, levando consigo uma peça de muito valor para o dono. Antes que se atirem todas as pedras do Egito no pobre Oscar, saliento que este nada tem de ladrão e que seu caráter se mostra muito belo e honesto ao decorrer do livro. Ao voltar para devolver o relógio Oscar e marina iniciam uma bela e duradoura amizade e se deparam com um mistério de linhas bem amarradas e interessantes. O livro tem uma escrita leve, o próprio Zafon diz ser este o melhor livro por ele já escrito, o que para mim é só uma jogada de marketing, pois gostei muito do jogo do anjo. Vale lembrar ainda que “Marina” foi relançada pela Suma tendo sido escrito antes de suas duas maiores obras. Recomendo.

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