quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Vendedor de Sonhos (A. Cury)

Foi a primeira vez que me deparei com tal situação, o que por si só já era um mau sinal, cheguei ao ponto de começar a resenha antes do livro, que é justamente o que faço agora. Tamanha era a dúvida entre ler ou não ler, e ter pela frente talvez 10 dias perdidos em 295 entediantes páginas Depois de muitas pesquisas em vão, decidi por eu mesmo tirar as conclusões do universo que envolve Augusto Cury, se gostei ou não do livro Vendedor de Sonhos – 295 páginas é o que conto agora. Mas antes preciso dizer o quão difícil foi dar inicio ao livro sem colocar em cena, os conceitos pré-definidos sobre o autor; digamos por assim dizer que Augusto Cury não rogava de bom prestigio dentro da minha humilde e pequena biblioteca. Mesmo assim lá estava eu forte para encará-lo frente a frente com um receio enorme de a qualquer instante, pular de sobre as páginas um mago gritando: Ah-ra!! Te peguei meu nome é auto-ajuda! Eu não sabia a fria em que me metia, devia realmente ter dado mais atenção ao meu subconsciente e ter me afastado a tempo, entretanto, teimoso, persisti. A história por si só é fraca e entediante, já de inicio foi difícil engolir que um cidadão saia sem ter que prestar nenhum esclarecimento às autoridades mesmo depois de atentar contra a própria vida, e ainda mais imaginar uma multidão fazendo coro frente à um mendigo, dançando e expondo os seu problemas de forma alegre e feliz. Contudo, persisti ainda sim. Aos trancos e barrancos fui adentrando a historia, sem boas perspectivas, e a cada página virada maior se tornava o meu desgosto, certo de que realmente nada mudara quanto aos meus conceitos mais primitivos, ou melhor, dizendo: preconceitos. Não me lembro de ter lido em nenhum outro lugar, tantas vezes as palavras “júbilo e psique” e por várias vezes me perguntava se aquilo tentava ser filosofia barata, como se tivesse poderes mágicos, esperava ansiosamente alguns conceitos básicos de Freud, que não tardou a chegar como apelido do nosso “suicida” – superego. Uma analogia bem clara do que pretendia passar-nos o autor. Já que gosto não se discute, não é pecado algum eu dizer que realmente não gostei da obra em questão, é sabido que o próprio Augusto Cury, de forma mágica, já vendeu mais de sete milhões de livros em todo Brasil, felizmente ou não, eu ainda não fui contagiado por essa magia. Forçando cada vez mais a barra para não desistir, a cada dia eu lia menos e já sem boas pretensões, de fato minha luta teve fim à página 106, quando já desgastado, nada de útil me entrava a cabeça, nem me lembro qual foi o estopim para que eu finalizasse minha tentativa, mas de bom realmente nada ficou. E por ironia, ao invés de sonhos, ainda tenho maus pesadelos, em que mendigos, e.t.´s e suicidas vêem ate a mim para conduzir minha vida, dizendo como, quando e de que modo fazer. Resumindo, O Vendedor de Sonhos é isso, pura auto-ajuda, com um disfarce barato de romance literário; com muitas frases de impacto de pouco sentido. Não recomendo, a não ser para aqueles que precisam de conselhos e auto-afirmação a todo instante.

3 comentários:

Anônimo disse...

Achei ele muito cansativo, também dessisti,tinha começado a ver O Segredo e parei, estava em busca de livros com histórias, lutas, algo que não seja de auto-ajuda ou psicológico, que me faça imaginar como eu seria naquele "mundo".

Daniela de S. Santos disse...

Realmente, também não consegui me prender a leitura da obra e muito menos compreende-la. Posso até ter a ousadia de dizer que nem mesmo os livros de ficção ou fantasia que já li até hoje foi tão viajado como esse livro de auto-ajuda. Quando me falam de Augusto Cury ou vejo algum livro dele, perco o interesse sobre.

Anônimo disse...

Bom, desisti pq ñ gostei muito da história do livro, e acabei perdendo o interesse e deixei de lado.